20 abril 2011

A Primeira Páscoa da Arquidiocese

Mensagem de Páscoa que a Pascom recebeu do Arcebispo da Arquidiocese de Pelotas, a qual retribuimos através deste modesto site.

A PRIMEIRA PÁSCOA DA ARQUIDIOCESE

A palavra “páscoa” vem do hebraico “pessah” que significa “passagem”. No Antigo Testamento houve a páscoa, a pessah, a passagem do povo de Deus do Egito para a Terra Prometida – passagem da escravidão egípcia para a liberdade prometida. No Novo Testamento aconteceu a páscoa, a pessah, a passagem da morte na cruz para a ressurreição eterna do Filho de Deus – passagem da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus.
Assim a Páscoa, a Pessah, a Passagem que os cristãos celebram é a festa mais relevante de sua fé. Atualizando a passagem da morte na cruz para a ressurreição eterna de Jesus Cristo, nós vivenciamos Nele a nossa passagem da morte do pecado para a vida da graça.
O Papa Bento XVI, como pastor universal, olhando com carinho a nossa realidade regional da metade sul do estado gaúcho e, por isso, eregindo, na semana que antecedeu a Páscoa deste ano de 2011, a Província Eclesiástica de Pelotas e elevando a nossa Diocese em Arquidiocese Metropolitana de Pelotas, proporcionou-nos a possibilidade de vivermos a primeira Páscoa como Arquidiocese. O que significa isso?
Além de vivenciarmos a passagem da morte na cruz para a ressurreição eterna de Jesus Cristo e Nele a nossa passagem da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus, temos a graça de vivermos a passagem de uma valorização mais intensa da Igreja Católica na nossa região metade sul do Estado gaúcho; a passagem de uma comprovação positiva de nossa caminhada eclesial conjunta como Interdiocesano do Regional Sul 3 da CNBB; a passagem de um fortalecimento maior dessa caminhada eclesial conjunta através do apoio jurídico-pastoral por parte do Vaticano enquanto representante da Igreja Universal; e a passagem de uma confiança mais consciente na nossa potencialidade de batizados e batizadas na construção do Reino de Deus em nosso meio. É nosso dever, pois, abraçarmos juntos a responsabilidade que o ato pontifício da criação da Província e a elevação para Arqudiocese nos incumbe, que é de construirmos mais e melhor a Igreja de Cristo em nossa região. Devemos com coragem assumir um compromisso maior com Jesus Cristo – Caminho certo, Verdade segura e Vida plena; devemos com alegria viver uma vida eucarística mais intensa de participação, de doação, de partilha e de graça; e devemos com vigor lançar-nos para uma missão mais audaz de evangelizar a “terra santa” que é nosso povo querido desta região.
É a nossa primeira Páscoa como Arquidiocese de Pelotas. Vivenciá-la profundamente só nos fará mais felizes! Portanto, desejo a todos os arquidiocesanos e arquidiocesanas uma FELIZ PÁSCOA de 2011.

Dom Jacinto Bergmann,
Arcebispo Metropolitano de Pelotas.

19 abril 2011

Mensagem Ao Povo de Deus

Dom Jacinto Bergmann
Arcebispo de Pelotas



Nesta minha primeira “Mensagem ao Povo de Deus” como primeiro Arcebispo da Arquidiocese de Pelotas, quero falar ao coração de cada arquidiocesano e arquidiocesana: seja criança, jovem, adulto ou idoso.
Vamos agradecer juntos a Deus pelo ato de confiança e apreço do Papa Bento XVI por ter criado a Província Eclesiástica de Pelotas, por ter elevado a nossa Diocese em Arquidiocese Metropolitana de Pelotas, por ter nomeado a mim, simples servo da Vinha do Senhor, como primeiro Arcebispo Metropolitano de Pelotas. Mais que mérito nosso, é pura gratuidade do nosso Deus Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo.
Vamos acolher juntos o significado deste ato pontifício, que veio no contexto da recém celebração do Centenário da Diocese de Pelotas e no contexto do início da celebração do Bicentenário da Cidade de Pelotas, ela sendo a sede metropolitana da nova Província Eclesiástica. Qual é esse significado? Claramente é uma valorização da Igreja Católica na nossa região metade sul do Estado gaúcho; uma comprovação positiva de nossa caminhada eclesial conjunta como Interdiocesano do Regional Sul 3 da CNBB; um fortalecimeto dessa caminhada eclesial conjunta através do apoio jurídico-pastoral por parte do Vaticano enquanto representante da Igreja Universal; uma confiança na nossa potencialidade de batizados e batizadas na construção do Reino de Deus em nosso meio.
Vamos abraçar juntos, a responsabilidade que este ato pontifício nos incumbe, que é de construirmos mais e melhor a Igreja de Cristo em nossa região. Devemos com coragem assumir um compromisso maior com Jesus Cristo – Caminho certo, Verdade segura e Vida plena; devemos com alegria viver uma vida eucarística mais intensa de participação, de doação, de partilha e de graça; e devemos com vigor lançar-nos para uma missão mais audaz de evangelizar a “terra santa” que é nosso povo querido desta região.
Por fim, respondendo uma pergunta que está no ar: o que muda com a criação da Província e a elevação à Arquidiocese? Resposta: em si não muda muito, mas nos desafia a todos - a mim arcebispo, a nós presbíteros e diáconos, a nós relgiosos e religiosas, a nós lideranças pastorais e a nós batizados e batizadas - a prestarmos um maior serviço de unidade. Unidade como Província Eclesiástica e unidade como Arquidiocese. Agora mais ainda vale a máxima: fazer muito, é bom; fazer muito bem, é melhor; mas fazer juntos, é divino. Nós somos a Arquidiocese Metropolitana de Pelotas. Ela será grande se cada um e cada uma for grande!
Enviando a minha primeira bênção de Arcebispo Metropolitano, humildemente peço a oração de todos e todas, para que eu seja, dentro de minhas forças, sinal e promotor da unidade.

Dom Jacinto Bergmann,
Arcebispo Metropolitano de Pelotas.

14 abril 2011

Mensagem de Páscoa


Quem não se sente melhor nestes dias do outono em Pelotas? O friozinho das manhãs de abril afugentando de vez os últimos e quase insuportáveis calorões de março? Quem não repara no espetáculo colorido das paineiras em flor, aqui e ali, convidando a cidade à alegria e à beleza?
Mas, por outro lado, quem não padeceu com a tragédia da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio? A dor de crianças e adolescentes sem defesa, de pais, professores, amigos entregues à insânia da pura violência... Por quê?
Quanta dor doendo também em nós!
O Mistério Pascal de Cristo é celebrado, a cada ano, no hemisfério sul, na passagem dos ardores do verão para a jovialidade dos dias azuis do outono. A natureza nos dá o ritmo e a aragem – por que não dizer a moldura? - do que significa passar, atravessar, sair de uma situação para outra. Passagem. Pessach.
Exatamente, em hebraico, pessach, páscoa. Os hebreus passaram, aquela noite, da terra da escravidão para a o caminho da Terra Prometida, lá onde corria “leite e mel”. Onde as amendoeiras floresciam em abril. 
Jesus de Nazaré, durante a festa da páscoa, aquele ano, em Jerusalém, passou por dentro da cruz, por dentro da morte injusta e violenta que lhe foi imposta, para o caminho da vida nova: ressuscitou!
Abril nos chama à alegria e à festa da Páscoa do Senhor, Ressuscitado dos mortos. O outono pelotense é a necessária moldura natural para nossa alegria interior. Porque Ele ressuscitou como Primogênito, testemunha o Apóstolo, (Cl 1, 13-20), num hino em que ecoa a fé da Igreja dos inícios, nossa Mãe.
A dor, a tragédia, a morte, sejam quais forem as profundidades que alcancem cavar, não nos aprisionam mais. Os abismos do mistério da iniqüidade foram definitivamente atravessados pela espada vencedo vencedora da Cruz do Amado. ”Ele nos arrancou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho Amado, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1,13). Sua dor curou a nossa dor. Sua morte deu-nos a vida. Entregue ao suplício do Calvário, plantou nas profundezas escuras do império do mal o viço irresistível da Árvore da Vida.
A ti que choraste, no dia 8 de abril, ante o horror que feriu a alma brasileira mais do que todos os horrores do dia-a-dia aceleradamente insano e violento; a ti que choras do fundo do abismo das dores nossas de cada dia; a ti, irmã, irmão de caminhada e de agonia, eu desejo Feliz Páscoa.
Não por desejar, não por conta do calendário. Mas porque a Esperança que habita em nossos corações tem um fundamento que não engana: Jesus Ressuscitado, arrancado do poder da morte pelo AMOR mais forte do que a morte.
Filhas e filhos no Filho Bem-Amado, nós nos tornamos herdeiros e co-herdeiros pela Graça da Fé que recebemos no Batismo (Rm 8,14-17; Gl 4,1-7). Ele, tomando-nos pela mão, grita para dentro de nossos abismos: Vem para fora! Sai! Não entreguei minha vida na cruz para que permanecesses aí! Levanta-te, vem! Sua voz ressoa em cada uma das belas manhãs de nosso outono ensolarado. O chamado é claro como sua luz: Vem para as alegrias pascais! Primeiro, morrendo. Isso mesmo. Passagem da morte para a vida. Aceita morrer para tua agressividade e violência, para tua demora em curar ressentimentos e perdoar, para teu descuido com o Planeta, para teu fechamento para com o outro. Coragem! É morte que gera vida. Conversão. Passagem: Páscoa.

Feliz Páscoa, meu irmão, minha irmã!

Pe. Antônio Reges Brasil
Pároco


13 abril 2011

Arquidiocese de Pelotas



O Santo Padre Bento XVI cria no dia 13 de abril de 2011, a Província Eclesiástica de Pelotas (Brasil) elevando-a Igreja Episcopal Metropolitana de Pelotas e atribuindo como dioceses sufragâneas as dioceses de Bagé e Rio Grande, até o momento pertencentes à Província Eclesiástica de Porto Alegre.


O Santo Padre nomeou o primeiro arcebispo de Pelotas (Brasil), Sua Excelência Reverendíssima Dom Jacinto Bergmann, até agora Bispo de Pelotas.

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Fonte: Arquidiocese de Pelotas