26 fevereiro 2011

O Dizimo e o Óbolo da Viúva

                  
“É honra e dever dos cristãos retribuir a Deus
                                         parte do que dele receberam”.
Concilio Vaticano II

Há quem não pague o dízimo porque trabalha nas obras sociais da igreja ou nas pastorais. Ao cristão que pensa assim, vale lembrar que o dom só é verdadeiro se for gratuito, ou seja, dar sem nada pedir em troca. Trabalhar para a construção do Reino de Deus aqui na terra deve ser um gesto de puro amor. Se faltar este requisito, esperando de Deus uma paga, sob qualquer forma, não se pode falar em gratuidade. O verdadeiro cristão, que faz por amor, não se sente credor de Deus, simplesmente faz e esquece.
A Teologia da Prosperidade de certas igrejas pentecostais seguem em sentido contrário, vale dizer, quanto mais se dá, mais se recebe; “vende tua casa ou dá todo o teu salário para Deus e Ele te abençoará e te dará em dobro”, pregam; só que isso pode não acontecer e aí o crente fica sem sua casa, sem o salário ou sem seu carro. Justificativa: “Se você não conseguiu o que o pastor prometeu é porque faltou fé ou talvez porque Deus exija um pouco mais de dinheiro para atender o teu pedido”.
O dízimo na nossa igreja parte de uma lógica diferente, Deus ama você e lhe deu tudo o que você tem, sendo o dízimo uma resposta do seu amor; a quantia a dar é uma conseqüência do grau de conversão e da possibilidade de cada um. A oferta, que até os padres devem fazer, deve ser entendida como um ato de gratidão e de generosidade.
A palavra dízimo vem do grego e significa a décima parte (10%). A Igreja Católica, no entanto, atenta à situação financeira dos fiéis, entende que a oferta pode ser menor. A propósito, lembre a parábola do Óbolo da Viúva, que deu duas moedinhas, mas deu tudo o que tinha. Ofertou, portanto, mais até do que aqueles que deram dez por cento. Não deu a sobra, uma migalha até porque Deus não precisa de esmolas.
O limite da oferta de cada um deve ser o grau do seu amor a Deus e aos irmãos carentes, o compromisso com a mantença da comunidade e com a evangelização. Por fim, Jesus não nos mandou multiplicar o pão – isso Ele faz – mandou-nos repartir!
Reajuste o seu dizimo ou torne-se dizimista. Seja pontual.
Dá o que pensar
A Receita oriunda do dízimo em janeiro foi de R$ 3.728,00 e cobriu apenas um terço das despesas do mês. Como dinheiro não cai do céu, a coordenação paroquial deve ter buscado recursos de outras fontes para honrar nossos compromissos ou caloteou os fornecedores.

Para sua reflexão quaresmal!
Mais Dízimo, aqui.

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